RELAÇÕES ENTRE A QUALIDADE DA ÁGUA DE REUSO
PRODUZIDA A PARTIR DE ÁGUAS CINZAS E A SUA PERCEPÇÃO
POR PARTE DOS USUÁRIOS

Nome: Graciele Zavarize Belisário Gobetti
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/09/2018
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
Ricardo Franci Gonçalves Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
Ricardo Franci Gonçalves Orientador

Resumo: Preocupações acerca da presença de microrganismos patogênicos em águas de
reuso são um dos fatores impeditivos para a maior aceitabilidade desta prática em
centros urbanos. Por isso, muitos parâmetros de qualidade da água são monitorados
afim de garantir a qualidade necessária para o reuso e a turbidez é um dos mais
usados. Assim, este estudo buscou analisar as relações entre a qualidade da água
de reuso produzida a partir de águas cinzas e a sua percepção por parte dos
usuários. Através de uma análise de correlação estatística com dados de diversos
estudos, esta pesquisa mostrou que entre amostras de água cinza e esgoto, há uma
moderada correlação entre os valores de turbidez com a presença de Escherichia
coli. (E. coli). Entretanto, em termos estatísticos, não há nenhuma correlação forte e
significativa entre a turbidez e a E. coli em águas residuais, concluindo-se que nem
sempre altos valores de turbidez necessariamente devem representar um maior
valor de microrganismos indicadores. Em termos de caracterização das amostras
desta pequisa, a qualidade da água cinza foi muito similar àquelas reportadas pela
literatura. Aqui, obteve-se uma relação DQO/DBO5 na água cinza bruta (ACB) de
1;1, o que indica uma elevada biodegradabilidade desse efluente. A qualidade da
água cinza tratada (ACT) está em conformidade com os parâmetros apresentados
na norma “Fontes Alternativas de Água Não Potável em Edificações” , texto
provisório apresentado para consulta pública pela ABNT. Ademais, este estudo
mostrou que há possibilidades de recrescimento de E. coli em ACB e ACT sob
diferentes concentrações de cloro residuais. Houve recrescimento de até 2 logs de
E. coli no tempo em que o residual de cloro estava acima de 2 mg Cl2/L. Este
resultado pode ser explicado em função da fortificação das amostras com nitrogênio
e fósforo e inoculação de microrganismos, grandes agentes consumidores de cloro.
Por fim, testes organolépticos de percepção da qualidade da água cinza com
diferentes níveis de turbidez mostraram que as amostras com menor turbidez
apresentavam maior aceitação, naturalmente. Entretanto, entre as amostras com
níveis maiores (8 NTU e 10 NTU), não houve diferença. Além disso, para fins de
reuso não potável, considerando-se amostras de água cinza de 3 NTU como base
comparativa, os julgadores só foram capazes de perceber a diferença quando a
comparação foi feita com uma amostra de 10 NTU.

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