Comportamento de Reatores UASB Frente a Variações Horárias de Vazão de Esgoto Sanitário

Nome: Letícia de Oliveira Silveira
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/02/2007
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Ricardo Franci Gonçalves Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
José Antônio Tosta dos Reis Examinador Externo
RAQUEL MACHADO BORGES Coorientador
Ricardo Franci Gonçalves Orientador
Sérvio Túlio Alves Cassini Examinador Interno

Resumo: A presente pesquisa descreve o comportamento de 3 UASBs Pilotos (R1, R2 e R3) localizados na ETE-UFES (Vitória-ES), operando sob condições de variações horárias de vazão de esgoto sanitário. A metodologia foi dividida em três fases distintas. Inicialmente os reatores operaram com vazão de alimentação constante e TDH de 8 horas. Na segunda etapa R2 e R3 foram operados aplicando-se vazões até 1,8 e 3 vezes maiores que Qméd, respectivamente, através de hidrogramas de vazão estruturados para estes reatores. R1 operou a vazão constante e o TDHméd para os três reatores foi de 8 horas. Durante a 3ª Etapa, os três reatores foram operados com TDHméd de 6 horas, sendo que para R1 foi mantida uma vazão constante (Qméd) e R2 e R3 foram operados aplicando-se vazões até 3,5 (R2) e 4 (R3) vezes maior que Qméd, através de hidrogramas estruturados para estes reatores. Na1ª Etapa, constatou-se as seguintes eficiências médias para R1, R2 e R3 respectivamente: 61, 62 e 62% para SST, 71, 72 e 72% para SSe, 59, 60 e 60% para DQOT, 60, 59 e 62% para DQOF e 49, 50 e 52% para DBO5. Na 2ª Etapa os resultados apresentaram as seguintes eficiências médias para R1, R2 e R3 respectivamente: 58, 51% e 49% para SST, 58, 45 e 43% para SSe, 59, 48 e 45% para DQOT, 51, 43 e 39% para DQOF e 46, 42 e 40% para DBO5. Após aplicação dos hidrogramas impostos a R2 e R3 na 2ª Etapa observou-se resposta destes reatores com sensíveis quedas na eficiência de remoção. Durante a 3ª Etapa constatou-se que a redução do TDH da 2ª para a 3ª Etapa não afetou significativamente o desempenho de R1. Já as variações de Vazão equivalentes a 3,5 e 4 vezes o valor de Qméd para R2 e R3 respectivamente resultaram em uma grande diminuição da remoção de matéria orgânica e particulada, ou até mesmo no colapso desses reatores. Isto porque, durante a aplicação destes picos de vazão o TDH momentâneo chegou a 1,7 e 1,6 horas para R2 e R3 respectivamente. Conclui-se que o reator UASB demonstrou boa capacidade de absorção de variações de até 3 vezes o valor da vazão média para um TDH de 8 horas. Em contraste, para um TDHméd de 6 horas, as variações de vazão com picos equivalentes a 3,5 e 4,0 vezes o valor de Qméd afetaram muito negativamente o desempenho destes reatores

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