Influência do tipo de meio suporte no desempenho de biofitros aplicados à remoção de H2S do ar atmosférico em sistemas de esgoto sanitário

Nome: Marjorye Boldrini da Silva
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/02/2008
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Ricardo Franci Gonçalves Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Neyval Costa Reis Jr. Examinador Interno
Ricardo Franci Gonçalves Orientador

Resumo: As emissões de odor afetam a qualidade de vida, promovendo o stress psicológico através de sintomas tais como insônia, perda de apetite e mudança de comportamento. Os odores emitidos em Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) são produzidos pela degradação biológica dos constituintes do esgoto doméstico devido à atividade anaeróbia. Dentre os compostos produzidos destaca-se o ácido sulfídrico, que é muito utilizado como indicador. O H2S é um gás que apresenta uma longa lista de inconvenientes: é tóxico, mal-odorante (odor de ovo podre) e é extremamente corrosivo em atmosfera úmida. Existem muitas opções de tratamento de odores, dentre elas, a biofiltração mostra-se como uma tecnologia barata e simples. De posse de tal constatação, esta pesquisa propõe um estudo sobre a composição de biofiltros tratando a atmosfera de uma estação elevatória e a avaliação da taxa de emissão de H2S observada e estimada por modelo matemático. A principal meta foi comparar materiais naturais distintos para leito filtrante, e avaliar a eficiência de remoção do H2S obtida pelos biofiltros. Os materiais utilizados no preenchimento foram: solo, bagaço de cana e palha de café+lodo anaeróbio desaguado. A pesquisa foi dividida em 4 etapas, a I sem coluna umidificadora e a II, III, e IV com coluna umidificadora preenchida com água a um pH 9,0. As condições operacionais avaliadas foram: Etapa I (Cv=1,07g/m3.d e Tr=37,7s); Etapa II (Cv=1,2g/m3.d e Tr=37,7s); Etapa III (Cv=0,73g/m3.d e Tr=25,12s) e Etapa IV (Cv=4,04g/m3.d e Tr=12,56s). O estudo da taxa de emissão observada foi feito com a metodologia de câmara de fluxo e o valor médio encontrado foi 0,6mg/m2.h. A modelagem foi feita com o GPC, mas encontrou um erro relativo igual a 1092%. As eficiências de remoção encontradas nas etapas foram, respectivamente, para o biofiltro de solo, cana e café: Etapa I = 91, 73 e 66%; Etapa II = 88, 79 e 90%; Etapa III =89, 91 e 91% e Etapa IV = 74, 71 e 88%. A caracterização dos materiais mostrou que, em termos de porosidade, presença de nutrientes e teor de umidade, os materiais são próprios para o tipo de uso proposto. A menor eficiência obtida na primeira etapa deve-se a ausência das colunas umidificadoras, ocorrendo o ressecamento dos materiais dentro do biofiltro. Após análise da concentração do H2S antes e após a passagem do ar dentro dessas colunas, verificou-se que não havia remoção do poluente nesse percurso do fluxo de ar.

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