Avaliação da escória de aciaria (LD) como leito cultivado e leito filtrante no pós tratamento de efluente de reator UASB compartimentado

Nome: Janine Cabral Avelar
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/07/2008
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Sérvio Túlio Alves Cassini Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Florindo dos Santos Braga Examinador Interno
Ricardo Franci Gonçalves Coorientador
Sérvio Túlio Alves Cassini Orientador

Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de avaliar a escória de aciaria LD como leito fixo
construído de áreas úmidas no pós-tratamento de efluentes de reator UASB. Um
sistema com três tratamentos foram construídos na ETE-UFES: a) LC1 - leito
cultivado com brita, areia e vegetação, usado como controle; b) LC2 - leito cultivado
com escória de aciaria, areia e vegetação; c) LC3 - escória aciaria somente, sem
vegetação. Os efluentes foram monitorados semanalmente pela avaliação de esgoto
bruto, efluente UASB (RAC) e efluentes de LC1, LC2, LC3 pelas seguintes análises:
DBO, DQO, sólidos suspensos totais (SST), fósforo total (Ptot), Nitrogênio Total
Kjeldahl (NTK), dureza, pH, turbidez, metais pesados e contagem microbiana,
usando o meio cromogênico Collilert, métodos de acordo com APHA, 1995.
A eficiência global de remoção de matéria orgânica por DQOtotal de 41%, 67%, 66%
e 69% respectivamente, para UASB (RAC), LC1, LC2 e LC3 com fluxo de 50ml/s e
48%, 73%, 74% e 85% em relação ao fluxo de 75mL/s. A DBO5 mostrou média de
remoção de 26%, 53%, 64% e 51% respectivamente, para UASB (RAC), LC1, LC2 e
LC3 com fluxo de 50ml/s e 34%, 74%, 84% e 86% para o fluxo de 75mL/s. A
remoção de sólidos foi ineficaz em todos os três tratamentos, mostrando acúmulo
sólidos em alguns pontos o que significa que uma grande percentagem foram os
sólidos dissolvidos. O LC2 e LC3 também apresentou baixíssima eficiência para a
dureza e pH parâmetros devido à composição de escória do leito. A remoção de
nitrogênio ocorreu em todos os LCs com eficiência de remoção variando de 30 a
44% para o fluxo de 50 mL/s e 48% para 61% para o fluxo de 75mL/s. A remoção de
P foi de 31% do LC1 e 78% e 79% no LC2 e LC3, respectivamente, para um fluxo de
50ml/s. Quanto ao fluxo de 75mL/s as taxas foram de 76% para LC1, 93% e 96%
para LC2 para LC3. A remoção de microrganismos também foi eficiente para os
LCs, nos quais os principais resultados foram obtidos para LC3, em conformidade
com a legislação brasileira para lançamento de efluentes em corpos d'água para as
duas vazões experimentais, em termos de E. coli e coliformes totais.
Deve-se ressaltar que todos os efluentes analisados não encontraram qualquer
vestígio de metais pesados que poderiam indicar uma contaminação metálica de aço
decorrente da escória do leito. Isso indica também, que a escória de aciaria poderia
ser utilizado como leito fixo, sem quaisquer vestígios de contaminação do ambiente.
Palavras-chave: esgoto, leitos cultivados, escória.

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