Vírus entéricos e indicadores bacteriológicos de poluição fecal em amostras de água na região da Ilha das Caieiras, na baia de Vitória, ES

Nome: Susanne Mariani Loss
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 07/12/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Regina de Pinho Keller Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Maria Tereza Pepe Razzolini Examinador Externo
Regina de Pinho Keller Orientador
Sérvio Túlio Alves Cassini Examinador Interno

Resumo: A Ilha das Caieiras está localizada em uma das regiões mais carentes no município de Vitória/ES, a Grande São Pedro. Esta região é densamente povoada e é conhecida como um bolsão de pobreza da capital, com a população sobrevivendo, principalmente, da coleta e comercialização de frutos do mar do manguezal localizado em seu entorno. Estudos realizados anteriormente na região mostraram que a água deste estuário está contaminada com microrganismos patogênicos provenientes, principalmente, de esgotos domésticos lançados sem prévio tratamento.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de vírus entéricos (adenovírus AdV, rotavírus RV e norovírus GII NoV) e indicadores bacterianos de poluição fecal (coliformes termotolerantes e enterococos) em amostras de água de quatro pontos deste importante estuário da Ilha das Caieiras. O monitoramento ocorreu de janeiro de 2011 a julho de 2012 (19 meses) e utilizou-se as técnicas moleculares PCR Qualitativa e PCR em Tempo Real (qPCR), para detecção de vírus entéricos, e membrana filtrante, para análise de bactérias, além de avaliação de parâmetros físico-químicos da água.
Os resultados das análises microbiológicas da água nos pontos estudados (P1, P2, P3 e P4) demonstraram a presença de coliformes termotolerantes, com médias geométricas de 1,66x102, 1,31x102, 2,29x103 e 3,13x102 UFC / 100 mL de água, respectivamente. Para enterococos, as médias encontradas foram 6,30x101 UFC / 100 mL em P1, 5,56x101 UFC / 100 mL em P2, 1,89x103 UFC / 100 mL em P3 e 1,62x103 UFC / 100 mL em P4. Os vírus entéricos foram detectados nos quatro pontos de monitoramento pelas duas técnicas moleculares utilizadas, com valores máximos de 2,00x103, 5,24x104 e 1,50x104 CG / 100 mL para AdV, RV e NoV, respectivamente, quantificados por qPCR. A frequências de detecção de vírus nas amostras de água do estuário variou de 21 27% para AdV, 42 53% para RV e 10 42% para NoV GII.
Neste estudo foi possível verificar que o estuário da Ilha das Caieiras apresenta-se contaminado devido, possivelmente, aos lançamentos de esgoto in natura e/ou de lixiviados de áreas rurais. A ação antropogênica sobre este manguezal é evidente e preocupante, pois se reflete na qualidade ambiental deste meio, na saúde da população e na economia da região.

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