Aproveitamento da Água da Chuva Para Fins Não Potáveis na Cidade de Vitória (ES)

Nome: Karla Ponzo Vaccari
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/12/2005

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Ricardo Franci Gonçalves Orientador
Sérvio Túlio Alves Cassini Examinador Interno

Resumo: O uso de fontes alternativas de suprimento é citado como uma das soluções para o
problema de escassez da água. Dentre estas fontes destaca-se o aproveitamento da
água da chuva, por se tratar de uma das soluções mais simples e baratas para
preservar a água potável, trazendo ainda como benefício a redução do escoamento
superficial, minimizando os problemas com enchentes. Diante da necessidade e do
crescente interesse pelo aproveitamento da água da chuva, esta pesquisa promoveu
a caracterização da água da chuva na cidade de Vitória (ES) e estudou o seu
potencial de utilização em áreas urbanas, com vistas ao seu aproveitamento para
fins não potáveis em edificações. Esta pesquisa contou com um sistema de coleta e
aproveitamento de água de chuva instalado no Parque Experimental do Núcleo
Água na UFES. O sistema composto por telhado metálico de 80 m², calhas em PVC,
filtro auto-limpante, reservatório de eliminação de primeira chuva e reservatório de
armazenamento final, possibilitou a coleta de amostras para a verificação da
qualidade da água da chuva ao longo do sistema de aproveitamento. Foi realizada
uma extensiva caracterização da água da chuva coletada tanto do sistema de
aproveitamento quanto da atmosfera, com análise de 22 parâmetros físico-químicos
e microbiológicos. Buscou-se junto ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) os
dados pluviométricos da cidade de Vitória, realizou-se a quantificação das
demandas a serem atendida pela água da chuva e, por fim, utilizou-se o Método de
Rippl, o Método Interativo e o Modelo Comportamental para dimensionamento de
reservatórios. Como resultado da etapa de caracterização, observou-se que a água
da chuva da atmosfera de Vitória é de boa qualidade, apresentando baixo índice de
acidificação (11%). Verificou-se que, a água da chuva piora a sua qualidade ao
passar pela superfície de captação, entretanto, ao remover-se os primeiros
milímetros de chuva, a chuva direcionada ao reservatório de armazenamento final
apresenta qualidade compatível com os usos não potáveis. Constatou-se que o
modelo de dimensionamento que resultou no menor volume de reservação, sem
perda na eficiência do sistema foi o Modelo Comportamental (PAE - Produção antes
do enchimento). A amortização do investimento em sistemas de aproveitamento de
água de chuva ocorre de forma lenta, num período de 8 a 10 anos para o caso de
residências unifamiliares, sobretudo devido ao baixo custo da água potável.

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