Estudo do Impacto na Qualidade do Ar com a Implementação de Veículos Elétricos na Região da Grande Vitória
Nome: WALLACE DE ALMEIDA SANTIAGO
Data de publicação: 30/08/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| ELISA VALENTIM GOULART | Examinador Interno |
| LEONARDO HOINASKI | Examinador Externo |
| NEYVAL COSTA REIS JUNIOR | Presidente |
Resumo: A mudança climática é um desafio crítico, com as energias renováveis sendo essenciais
para estratégias de descarbonização. Este estudo avalia o impacto da eletrificação da frota
veicular na Grande Vitória (RGV) usando simulações WRF/CMAQ em cinco cenários,
desde a eletrificação parcial (50% e 100% dos veículos leves) até a total, incluindo
veículos leves (carros e motocicletas) e pesados (ônibus e caminhões). Os resultados
mostram que a eletrificação reduz as emissões de poluentes dos escapamentos, como
NOx, SO2, VOCs, CO, MP10 e MP2.5, mas não afeta as emissões da ressuspensão de
partículas e do desgaste de pneus e freios, que continuam a contribuir para o material
particulado. Veículos leves eletrificados reduzem principalmente CO e VOCs, enquanto
veículos pesados são mais eficazes na redução de NOx, SO2, MP10 e MP2.5. Contudo, o
impacto geral sobre o material particulado é limitado devido à prevalência das emissões
por ressuspensão. Análises revelam concentrações elevadas de MP10, MP2.5, SO2, NO2
e VOCs em Vitória, especialmente na área industrial da Ponta de Tubarão. No inverno,
MP10 e MP2.5 ultrapassam os valores de diretrizes da OMS em várias áreas, e SO2
também excede, particularmente em Vitória e Serra, com níveis mais altos no verão. NO2
excede as diretrizes apenas em áreas industriais, enquanto O3 é mais alto nas áreas
periféricas, mas abaixo das diretrizes. VOCs se concentram nas áreas centrais,
contribuindo para a formação de O3 nas regiões periféricas. A eletrificação reduz
ligeiramente as concentrações de MP10 e MP2.5, com variações de até 0,4 g/m³ na
Serra. A redução do SO2 é mínima devido à pequena contribuição veicular. O impacto
mais notável é na redução do NO2, com até 5 g/m³ a menos nas regiões periféricas. O3
mostra uma resposta complexa, com aumentos nas áreas centrais devido à redução de
NOx e diminuições nas áreas periféricas devido à menor concentração de VOCs. A
eletrificação de veículos leves reduz significativamente VOCs em mais de 10 g/m³,
resultando em uma redução de cerca de 20% em relação ao cenário base, contribuindo
para menores níveis de O3, embora a redução de NOx possa aumentar O3 em áreas de alta
emissão de NOx. Esses resultados são consistentes com estudos anteriores sobre
eletrificação de frotas.
